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Quando “loucura” significa coragem: minha jornada à Medicina Veterinária Holística

“As pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo são as que realmente o fazem.” - Steve Jobs


Hoje, ao completar 54 anos, essa frase de Steve Jobs me convida à reflexão... Ao longo da vida, ela deixou de ser apenas inspiração e passou a ser um lembrete constante do valor de acreditar nos sonhos...mesmo quando parece loucura.


Desde criança, eu era a menina quieta, tímida, estudiosa, um pouco nerd. Amava os animais, a ciência e os livros mais do que tudo. Meu sonho era claro: queria ser veterinária e cientista, cuidar de todos os animais, não importava a espécie ou onde estivessem.


Comecei a estudar inglês aos 10 anos. Aos 14 anos, passava as tardes na biblioteca da escola de idiomas, copiando livros e ilustrações à mão, com caneta e caderno. Isso foi muito antes da era do “copiar e colar” e foi um importante contato com a dedicação ao aprendizado.


Aos 17 anos, passei no vestibular de Medicina Veterinária. Mas após apenas um ano e meio, tudo mudou. Fui confrontada com aulas de fisiologia que utilizavam vivissecção como método de ensino...para mim, aquilo parecia assistir a jogos de gladiadores no Coliseu...animais sofrendo em nome da educação. Não consegui continuar, e abandonei o curso.


Foi um choque para minha família...minha mãe tinha se mudado comigo para outra cidade para me apoiar, e de repente, tudo foi por terra. Voltamos para nossa cidade natal, e escolhi um caminho completamente diferente: a graduação em Economia. Como eu dizia na época: “Pelo menos assim, não vou fazer mal a ninguém.”


Me formei, fiz MBA em Finanças e trabalhei na indústria do petróleo e no mercado financeiro. Por fora, era uma carreira de sucesso. Por dentro, aquele sonho de infância nunca foi embora…


Anos depois, me vi em uma encruzilhada...Estava imersa em análises econômicas, numa rotina de alta responsabilidade e importância, mas algo dentro de mim gritava cada vez mais alto. Não era lógico, era emocional, intuitivo e enraizado em um desejo profundo de reconexão com a cura, com os animais e com a Terra.


Então tomei o que muitos consideraram uma decisão “louca”: deixei tudo para trás (mais uma vez) e voltei para a faculdade de Medicina Veterinária...


Formei-me veterinária, me especializei em Homeopatia e explorei o universo das terapias naturais, algo que sempre me chamou a atenção. Pouco tempo depois, descobri o Reiki e esse foi um verdadeiro ponto de virada...comecei a aplicar Reiki em alguns pacientes e os resultados foram incríveis. Mas devido ao meu background lógico e analítico, eu precisava entender mais. Queria saber como funcionava — não apenas por relatos, mas de forma científica...e essa curiosidade me levou de volta à pesquisa, algo que eu sempre amei...


Assim iniciei meu trabalho com pesquisa em Reiki, especificamente na área veterinária. Ainda está em estágio inicial, e muitas vezes é mal compreendida ou ignorada. Mas eu acredito que esse é o futuro e estou comprometida em contribuir com essa nova medicina integrativa e compassiva.


Já escrevi um artigo compartilhando minha visão sobre o que chamo de “Medicina do Futuro” - um modelo que inclui o cuidado veterinário, a cura energética e uma abordagem mais holística e respeitosa com todos os seres vivos.


Alguns dizem que sou louca...talvez eu seja...Sempre fui diferente e continuo sendo...Mas acredito que essa "loucura e essa diferença" é exatamente o que o mundo precisa...


Como disse o Dr. Edward Bach:“A vida não exige de nós sacrifícios impossíveis; ela nos pede que sigamos com alegria no coração e sejamos uma bênção para quem nos cerca, de forma que, se deixarmos o mundo um pouco melhor do que encontramos, teremos cumprido nossa missão.”


Hoje, sou médica veterinária holística, homeopata e mestre de Reiki. Trabalho com animais, seres sencientes que nos ensinam diariamente sobre presença, resiliência e amor incondicional. Minha trajetória me levou a lugares que nunca imaginei: pesquisa em Reiki, saúde integrativa e um diálogo mais profundo entre ciência e cura holística.


Aprendi que a cura não se limita a uma espécie. É uma linguagem universal de energia, compaixão e respeito pela vida em todas as suas formas.


Essa jornada é foi fácil, mas é verdadeira. E é movida por algo mais forte que o medo: o amor.


Por que compartilhar isso hoje? Porque aniversários marcam transições, não só de idade, mas de consciência. São momentos para refletir sobre onde estivemos e para onde estamos indo...Nos lembram de que a vida não é linear e que mudar de caminho não é fracasso, mas frequentemente o mais sábio dos atos.


A quem estiver diante de uma mudança - na carreira, nas crenças, ou na forma de ver o mundo - eu digo: confie na sua voz interior.


Um brinde a mais um ano de crescimento, gratidão e à doce loucura de acreditar que sim, podemos fazer a diferença.

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