A Homeopatia, desenvolvida pelo médico alemão Dr. Christian Friedrich Samuel Hahnemann em 1796, busca tratar o paciente em sua totalidade, abordando não apenas doenças isoladas, mas também o equilíbrio físico, mental e emocional. Ela age por meio de estímulos energéticos que reequilibram a energia vital do indivíduo de maneira suave e sem efeitos adversos. No Brasil, a prática foi introduzida em 21 de novembro de 1840 pelo médico francês Dr. Benoit Jules Mure.
Por isto, no Brasil, este dia é considerado o Dia Nacional da Homeopatia, e o mês de novembro é dedicado ao movimento Novembro Verde, que, em 2024, comemora 10 anos de existência. O Novembro Verde nasceu com objetivo de valorizar e divulgar a Homeopatia, apresentando seus benefícios à sociedade e fortalecendo essa prática médica. É uma data de grande importância para divulgar a Homeopatia, tornando-a mais conhecida e acessível, uma vez que pode tratar de modo eficaz seres humanos, animais e plantas. Além de ser eficaz, a Homeopatia é uma alternativa terapêutica suave, ambientalmente sustentável e de baixo custo.
Neste artigo, no entanto, não falaremos sobre os benefícios da Homeopatia para o tratamento de humanos e animais. Em vez disso, vamos explorar como a Homeopatia pode contribuir para a mitigação de um problema ambiental grave: a poluição das águas por fármacos.
A poluição das águas por medicamentos é um problema crescente e preocupante, com impactos tanto na saúde humana quanto na veterinária, além de ter repercussões significativas para os ecossistemas aquáticos. Esse tipo de poluição ocorre quando resíduos de medicamentos parcialmente absorvidos pelo organismo ou seus metabólitos são excretados e acabam chegando aos sistemas de tratamento de água ou diretamente aos rios, lagos e oceanos. Além disso, o descarte inadequado de produtos farmacêuticos também contribui para o agravamento deste problema.
Infelizmente, a medicina veterinária também dá sua cota de contribuição para este tipo de poluição. Os fármacos veterinários são lançados no meio ambiente tanto direta quanto indiretamente. Em pisciculturas, por exemplo, medicamentos são colocados diretamente na água, enquanto, na agricultura, o uso de esterco de animais tratados com antibióticos e outros fármacos pode contaminar o solo e os corpos d'água. Além disso, o descarte incorreto de medicamentos veterinários, como antibióticos, analgésicos e antinflamatórios entre outros, contribui de maneira significativa para a contaminação do meio ambiente.
Os impactos da poluição por medicamentos são preocupantes. Estudos demonstram que resíduos de fármacos podem afetar o comportamento, a reprodução e a sobrevivência de organismos aquáticos, como peixes, anfíbios e invertebrados. Além disso, a presença de antibióticos na água pode contribuir para o desenvolvimento de resistência bacteriana, colocando em risco a saúde pública. Esses produtos químicos podem também entrar na cadeia alimentar por meio do consumo de peixes e frutos do mar contaminados, ou ainda por meio da ingestão de alimentos e água contaminados.
Para mitigar a poluição da água por medicamentos, são necessárias ações coordenadas que envolvem desde uma gestão adequada dos resíduos farmacêuticos por parte de hospitais, clínicas e indivíduos até o desenvolvimento de tecnologias de tratamento de água que removam esses produtos químicos dos sistemas de abastecimento e uma maior conscientização sobre o uso responsável e o descarte correto de medicamentos. A pesquisa também é crucial para entender melhor os impactos dessa poluição e encontrar soluções eficazes para combater esse problema.
E qual é a relação da Homeopatia com tudo isso?
A Homeopatia pode desempenhar um papel importante na redução da poluição das águas por medicamentos, oferecendo uma abordagem holística e sustentável para o tratamento de doenças. Ao contrário dos medicamentos convencionais, que podem ser excretados em sua forma original ou como metabólitos ativos, os remédios homeopáticos são altamente diluídos e preparados de acordo com os princípios da “lei da semelhança”. Esses medicamentos não geram resíduos químicos nem metabólitos, o que significa que não contaminam a água nem os lençóis freáticos.
Além disso, a produção de medicamentos homeopáticos é simples e menos impactante para o meio ambiente, pois utiliza pequenas quantidades de ingredientes naturais, sem produtos químicos, e o processo de fabricação demanda menos energia e gera pouco desperdício, quase todo biodegradável.
Ao adotar a Homeopatia como forma de tratamento de humanos, animais e plantas, podemos reduzir a necessidade de medicamentos convencionais, diminuindo a quantidade de substâncias químicas liberadas no meio ambiente. Isso contribui para a preservação dos ecossistemas terrestres e aquáticos e para a saúde pública. Investir em pesquisa, educação e divulgação da Homeopatia é, portanto, fundamental para promover uma abordagem mais sustentável para a saúde e o meio ambiente. Integrando a Homeopatia na prática clínica, seja na medicina humana ou na veterinária, podemos caminhar em direção a um futuro mais equilibrado e saudável para todos.
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